Bacalhau com natas





Amo bacalhau. E esta é minha receita predileta. Um clássico português que eu aprendi a fazer com Dna. Teresa. Confesso que fiz uma pequena alteração, mas, que modestamente acho, não comprometeu em nada o sabor, ouso dizer,  até valorizou. Na receita original as batatas são fritas, e precisavam ser executadas com precisão para que não agregassem gordura em excesso à receita. Fiz o seguinte, passei a pré-cozinhá-las no vapor, e depois passo pela frigideira para dourá-las, o que deixa as batatas muito saborosas e o resultado final impecável!  Talvez seja um nadinha mais trabalhoso, mas, com um pouquinho de logística, você pode fazê-las enquanto executa o restante. E o bacana é que é uma ótima receita para se fazer num dia e servir no outro. A minha amiga Lalile adora esse recurso para o almoço de domingo da linda família que ela tem! Bom proveito!!



Ingredientes


1 kg de bacalhau demolhado 
6 batatas médias
2 cebolas médias
2 dentes de alho grandes
1/4 xícara de azeite de oliva 
1 litro de leite
3 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo
3 colheres de manteiga
300 gr.de creme de leite fresco( nata)
Noz moscada
Pimenta do reino moída na hora
2 ou 3 pães franceses amanhecidos
1 bom punhado de parmesão ralado



Comece pelas batatas. Descasque-as e corte em rodelas médias. Cozinhe no vapor até que possam  ser perfuradas facilmente com o garfo. Mas precisam estar ainda bem firmes. Tire do vapor e deixe-as reservadas para que fiquem mais sequinhas.


Rasgue em pedaços pequenos os pães e leve ao forno para torrarem. Não deixe escurecer. Quando estiver pronto, retire do forno,  deixe esfriar e esfarele com as mãos. O objetivo é que fique uma farinha de pão grosseira. Misture o parmesão ao pão esfarelado e reserve.


Agora vamos cuidar do bacalhau. Coloque-o numa panela grande, cubra com o leite e leve ao fogo até que as  postas comecem a separar as lascas. Retire do leite e deixe esfriar. Separe em lascas grandes e reserve. E se estiver com pele retire agora. Coe o leite e reserve também. Você vai usá-lo para o molho branco.





Dica: usei bacalhau demolhado e sem pele. Se não for o seu caso, siga o procedimento de trocas de água por 24 a 36 h. Coloque no leite para cozinhar, e assim que esfriar retire a pele.


Numa frigideira funda coloque o azeite de oliva, as cebolas fatiadas e o alho picadinho. Refogue até  a cebola começar a dourar. Acrescente o bacalhau em lascas, mexa cuidadosamente para não desmanchar o bacalhau, deixe no fogo uns três minutos. Desligue e reserve.




Com as batatas cozidas e bem escorridas, coloque-as numa panela ou frigideira anti-aderente untada com azeite, manteiga ou banha. Usei banha e, é de longe,  o melhor resultado. Você precisará de uma quantidade muito pequena, uma colherinha de café, e verá que é a gordura menos assimilada pelo alimento. Deixe as batatas dourarem de um lado, vire-as para que dourem do outro lado. Quando estiverem prontas junte-as ao refogado de cebolas e bacalhau.


As batatas demoram um pouquinho para chegarem ao ponto. E é bom não ficar mexendo nelas para que possam dourar sem se desmanchar. Nesse tempo você pode preparar o molho branco ou bechamel.

Vamos lá. Derreta a manteiga, acrescente a farinha, misture para formar uma pasta e frite uns dois minutos, adicione o leite reservado aos poucos. Deixe cozinhar, tempere com uma pitada de sal, pimenta do reino branca e noz moscada à vontade. O sal deve ser muito discreto.  Junte o creme de leite, misture bem, deixe mais uns três minutos. Você tem um fouet? É essa varinha de arame que facilita a sua vida e deixa o molho lisinho. 




Junte o molho branco ao restante dos ingredientes já preparados. Eu gosto que a mistura fique bem úmida. 


Este detalhe de juntar tudo é fundamental. Se antes de levar à travessa você misturar todos os itens da receita, o resultado final é muito, muito melhor. Assim tudo fica agregado, bem orquestrado. Esse não é um prato de camadas, é uma unidade bem equilibrada. 


Coloque numa travessa que vá ao forno e deixe até borbulhar e começar a dourar nas bordas, nesse momento retire do forno e cubra generosamente com a mistura de pão e parmesão. Volte ao forno até que o pão e o queijo formem uma crosta dourada.








Aconselho a não usar farinha de pão pronta, a diferença no resultado final desta, caseira e mais grosseira, é grande. 




Ah! Essa é outra pequena contribuição minha à receita. Essa cobertura não existe na receita original, mas a cremosidade do prato aliada ao crocante da cobertura fica delicioso! Eles se harmonizam perfeitamente. Forma uma bela unidade. Mas, é opcional, faça sua escolha.